21/04/2020

Para um bom planejamento sucessório, é necessário primeiramente diferenciar o herdeiro do sucessor, ressaltando que a herança é um direito e a sucessão envolve o desenvolvimento de habilidades para ser um bom gestor.

Ocorre que, muitas vezes na família empresária, os filhos não tem interesse em suceder os pais na gestão do negócio familiar. Eles tem outros talentos que desejam desenvolver. Certa vez conheci um rapaz, um excelente músico, que fez a opção consciente de não suceder os pais na gestão da empresa. Ele sabia onde estavam os seus talentos e eles não envolviam a gestão empresarial. Qual a melhor solução para ele e sua família então?

Focar em um planejamento sucessório que profissionalizasse a gestão e garantisse o patrimônio a ser herdado no futuro.

Saber quem se é e onde estão seus talentos dá essa segurança de fazer a escolha que melhor se adapta ao seu estilo de vida.

Quantas famílias empresárias tem problemas de sucessão simplesmente porque pensam que o filho deve estar à frente do negócio familiar. Em uma ocasião, ouvi um consultor comentar que a empresa à qual auxiliava tinha tantos cargos de diretoria quanto o número de filhos do casal fundador. Os cargos não eram por competência, mas sim por direito de herança. Em situações como essa, o conflito está armado, mas é possível viver melhor, com mais leveza e harmonia.

Para um bom planejamento sucessório, a família empresária deve analisar as habilidades e competências de seus membros, auxiliando-os a realizarem escolhas conscientes.

Não há receita pronta, pois cada família e cada empresa tem a sua própria realidade, seus valores, sua cultura e seus talentos. Somos todos únicos nas nossas singularidades.

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